A notícia do início dos testes em seres humanos em Fortaleza de uma vacina contra a dengue coloca em destaque a possibilidade da obtenção já nos próximos anos de um medicamento preventivo contra a doença. Ameaça para 2,5 bilhões de pessoas em mais de 100 países, a dengue é um desafio para as autoridades de saúde pública no Brasil, que precisam destinar, a cada ano, mais recursos para ação de prevenção e atendimento.
Somente em 2011, foram mais de 608 mil casos prováveis registrados no País até agosto, segundo o Ministério da Saúde. Entre 2000 e 2010, foram 508.874 internações registradas no Sistema Único de Saúde (SUS) por dengue clássica e dengue hemorrágica. “Se no começo da década de 80 era uma doença que não se tinha uma gravidade muito acentuada, com a ampla circulação do vírus no País, começa a haver um processo de agravamento”, descreve Giovanini Coelho, coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde.
Apesar de ser conhecido dos cientistas desde 1944, o vírus da doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus ainda intriga os pesquisadores pelo seu caráter tetravalente.
Em 1945, uma vacina contra o sorotipo um chegou a ser obtida por Albert Sabin e Walter Schlesinger, mas até a década de 1980 pouco se avançou na obtenção de uma vacina que proteja contra os quatro sorotipos da doença.
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