09 julho, 2013

Especial Colesterol - HDL



Nunca o HDL, que representa a fração boa do colesterol, esteve tão em alta na cardiologia. Na corrida para conter os problemas cardiovasculares, a ciência anuncia remédios capazes de catapultar as taxas da partícula. Em meio à promessa, mapeamos as atitudes que prestam esse serviço ao coração.





O HERÓI DO CORAÇÃO 

Lipoproteína de alta densidade: eis o nome completo da HDL, partícula que ganhou essa sigla pela sua denominação em inglês. Ela é produzida pelo fígado e abriga 30% do colesterol que ronda o organismo. Exímia faxineira, recolhe o excedente dessa molécula na circulação — a gordura é carregada corpo adentro pela LDL e, se as sobras não são removidas pelo serviço de limpeza, se tornam ingredientes para as placas que entopem os vasos. Os médicos consideram ótimos níveis de HDL acima de 60 mg/dl, o que confere maior proteção cardiovascular. Aos homens, a recomendação é que o índice não seja inferior a 40 mg/dl e, às mulheres, o mínimo deve ser 45 mg/dl — naturalmente, o sexo feminino apresenta uma concentração mais alta de HDL, mas ela tende a cair após a menopausa.



REMÉDIO PRÓ-HDL 

Entenda como funciona a droga em estudo que promete alavancar essa fração benéfica do colesterol

1. FAXINEIRA NATA 
A lipoproteína de alta densidade, mais conhecida como HDL, é montada no fígado e tem a função de retirar o excedente de colesterol que se deposita nos vasos sanguíneos. As sobras dessa gordura são conduzidas de volta ao fígado.

2. ROUBO DE CARGA 
Na circulação, uma enzima, identificada pela sigla CETP, é capaz de roubar a carga de colesterol colhida pela HDL e transferi-la para a VLDL e a LDL, partículas que levam a gordura até os vasos. O trabalho da HDL é anulado e, desprovida do conteúdo gorduroso, a partícula deixa de ser detectável na corrente sanguínea.

3. A POLÍCIA CHEGOU! 
Aqui entra em ação o anacetrapibe, que inibe a enzima CETP, impedindo que ela se apodere do colesterol recolhido pela HDL. Dessa forma, a lipoproteína pode ser visualizada no sangue e, o mais importante, consegue levar o excesso de colesterol para o fígado, que irá eliminá-lo.


HDL EM ALTA, ALZHEIMER EM BAIXA 

Esse elo acaba de ser descortinado em uma pesquisa da Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos. Depois de acompanhar durante seis meses e meio 1130 idosos, os estudiosos encontraram 101 prováveis casos da doença, que arruína a memória e outras funções cognitivas. Ao analisar os níveis de HDL dos participantes, perceberam que taxas acima de 55 mg/dl estavam relacionadas a um risco 60% menor de desenvolver o Alzheimer quando comparadas a índices menores que 39 mg/dl. Resta saber agora quais os mecanismos por trás da proteção cerebral. Uma hipótese é que níveis elevados de HDL liberem o fluxo sanguíneo para a massa cinzenta, que fi caria menos suscetível a males neurodegenerativos.

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